Eu acredito que o que mais existe de atraente na pessoa de Jesus – para uma multidão enorme de cristãos – é que ele foi o homem que veio do céu, literalmente falando.
Pode parecer absurdo, mas para milhões de cristãos desinformados, Jesus tinha poder por que ele participou de uma existência anterior com o Pai, que havia entre os dois um contrato secreto preparado de antemão, o qual delegava a Jesus um poder celestial oculto, somente conhecido entre os dois, Pai e Filho, sendo que a partir dele, seu pai, Jesus herdou tendências espirituais espaciais latentes que o fortaleceram para conquistar a carne e manifestar qualidades divinas superiores aos humanos. Assim, Jesus passou a ser outro Deus, alguém gerado de forma diferente dos humanos mesmo que tenha sido concebido por mulher.
Quero sugerir a você amigo leitor, que pense seriamente na possibilidade de Jesus não ter vivido antes do seu nascimento. Se tiver dúvidas, acreditando que minha proposta é absurda, tente apenas acompanhar essa pequena análise muito interessante em Mateus 1:1, que somado ao que será aqui apresentado, tenho certeza que deixara você extremamente surpreso, obrigando-o a reexaminar se é mesmo verdade tudo que você aprendeu com relação à preexistência do Senhor Jesus até a presente data.
Mateus capítulo um verso um deixa claro que o começo ou origem de Jesus pode ser rastreado entre os seres humanos. Temos aqui três traduções muito significativas. Observe as palavras sublinhadas,
“Esta é a lista dos antepassados de Jesus Cristo, descendente de Davi, que era descendente de Abraão”.
“Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”.
“Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”.
Origem, do grego geneseos, de genesis. Essa é a palavra no original,
“biblos geneseôs iêsou christou uiou ab=dauid ts=dabid uiou abraam”
E o surpreendente em todo esse contexto é que a mesma palavra foi usada na narrativa do seu nascimento em Mateus 1:18,
“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo”.
“tou de iêsou christou ê a=genesis tsb=gennêsis outôs ên mnêsteutheisês tsb=gar tês mêtros autou marias tô iôsêph prin ê sunelthein autous eurethê en gastri echousa ek pneumatos agiou”.
No Léxicon Grego-Inglês de Bauer gênese é definido como: “Alguém que passa a existir em um momento específico”, ou seja, “estado de ser, vindo a existência”, de “ascendência como ponto de origem”.
Sua verdadeira origem – sua gênese – implica o evento de sua entrada de como veio a existir, fazendo referência assim ao momento de sua concepção no útero de sua mãe, e não apenas para o caso de seu nascimento. Assim, o contexto passa a ficar mais claro se aplicamos o detalhe de como Jesus veio a existência – seu começo. Já observamos que o original grego aqui tem a palavra gênesis, o que permite traduzir o texto da seguinte forma: “… a origem de Jesus Cristo foi…”. E tenha certeza, Deus não fez isso por acaso!
Mateus 1:1 também é mais bem traduzido como “O livro da origem de Jesus Cristo”. A expressão mostra que Jesus teve origem “pela linhagem de Abraão”. Portanto, o relato de Mateus no capítulo um apenas demonstra que Jesus não existiu em qualquer momento antes de sua procriação pelo Espírito Santo.
No evangelho de Mateus, a genealogia de Jesus volta até Davi chegando a Abraão. O registro genealógico dado por Lucas leva as coisas ainda mais para trás, até Adão (Lc 3:38). Tanto Mateus e Lucas tiveram ampla oportunidade para mencionar a preexistência, se tivessem acreditado nela, mas não há nada registrado em seus Evangelhos sobre isso. Intimamente ligada com a lista genealógica de Mateus é a afirmação de que Jesus entrou em existência no útero de Maria (Mateus 1:20). O tempo e o local da origem do Filho de Deus são feitas de forma transparente. Lucas também diz que o Filho de Deus veio à existência no ventre de sua mãe (Lucas 1:32, 35). Não é de admirar, pois se retornamos até Gênesis lembramos que Jesus foi prometido como a semente da mulher: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”, Gên 3:15.
Isso mostrou que o Messias seria um descendente da mulher e, por definição, deve ser aquele que vem a existir após a existência do seu ancestral. Além disso, a inimizade não existia entre o Messias e a semente da serpente, mas era para ser uma hostilidade futura.
Isaías atesta claramente que a origem do Messias teve início no ventre de uma mulher,
“E agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo…”, (Isaías 49:5).
Todos tem conhecimento de que o Salmo 22 é uma profecia sobre o Messias como provado por suas citações nos Evangelhos. O versículo dez mostra enfaticamente que o Senhor Jesus tinha Deus como Pai somente após seu nascimento. Portanto, ele jamais poderia ter sido Filho Unigênito antes do tempo: “Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe”. E quando ocorreu o nascimento do Senhor Jesus? Aconteceu em 4 dC sob o governo do Rei Herodes: “E, TENDO nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém“, Mat 2:1.
Nós vemos em Gálatas 4:4 que Paulo atesta sobre o tempo em que ele deveria ter vindo: “quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei“.
O Filho de Deus veio à existência quando foi gerado no útero de sua mãe. Observe novamente a ênfase no relato do milagre da concepção: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus”, Lucas 1:35. Atente para o detalhe: “por isso”, ou se traduzimos o grego kai ao pé da letra, temos,” ele será chamado Filho de Deus”.
A filiação divina – ou seja, filiação com o Pai – de Jesus é explicitamente estabelecida por seu nascimento milagroso. Por isso o nascimento virginal de Cristo está em contradição irreconciliável com a cristologia da encarnação do Filho preexistente de Deus.
Na verdade, o anjo anunciou no nascimento que Jesus “é o Filho de Deus”, não por causa de uma preexistência ontológica, mas por causa da sua concepção sobrenatural. Este milagre apenas sinalizou que ele iria ter uma relação especial com Deus. Assim, com efeito, a concepção de Jesus sendo realizado pelo Espírito de Deus é a base para identificá-lo como Filho de Deus, O Filho do Altíssimo, por causa da salvação que ele realizaria na história, não por causa de sua natureza intrínseca.
Logicamente, o nascimento virginal não indica que Jesus é Deus simplesmente por causa de sua natureza milagrosa. O Milagre só aponta para uma origem sobrenatural. Deus fez um milagre causando a concepção virginal, mas isso não indica que o milagre em si é Deus. Fica evidente então, que o momento da concepção de Jesus foi a causa dele tornar-se Filho de Deus. Portanto, Jesus não era o Filho de Deus em qualquer momento antes de seu nascimento simplesmente porque Jesus veio à existência como o Filho somente após ter sido concebido no ventre de Maria. Assim, ele não poderia ter existência como o Filho de Deus antes disso, como Gabriel afirma:
“Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo” (Lucas 1:32)
Se o “Deus Filho” já existia antes da encarnação como uma pessoa eternamente distinta na Divindade, e Deus é eternamente três pessoas, então por que não lemos nada sobre ele no Antigo Testamento? Devemos acreditar que, em todo o Velho Testamento, mesmo que o Filho nunca é mencionado, ainda assim é Ele consubstancial, co-eterno e co-igual com o Pai? Por que o Filho não é revelado?
Gostaria de sugerir a você que Ele não foi revelado no AT porque não havia nenhuma pessoa distinta chamada “Filho” – “Filho” só surge no NT. A terminologia “Filho” e “Pai” surgiu apenas depois da manifestação de Jesus para descrever a relação entre a existência de Deus além da humanidade, e como um ser humano foi concebido pelo poder do Espírito Santo – parece que não havia nenhuma pessoa distinta do Pai no Antigo Testamento:
“Quando Deus fez sua promessa a Abraão, jurou por si mesmo, tendo em vista não haver outro maior por quem jurar” (Hebreus 6:13).
Com certeza você me diria que o Filho não é maior que o Pai, e por isso Deus não jurou por ele. Mas ele não é semelhante ao Pai? Evidente que você dirá sim. Ele podia, pelo menos, se igualar a Deus, você vai me garantir com toda certeza. Porém, nem assim caro amigo trinitariano, sua afirmação poderia ser aceita, pois a Escritura deixa explícito que Jesus não estava no céu nos tempos do Velho Testamento. Leia abaixo:
“Pois quem no céu se pode igualar ao Senhor? Quem entre os seres celestiais pode ser semelhante ao Senhor?” (Salmos 89:6).
O Filho preexistente, o segundo Deus dos trinitarianos, se estava no céu, não podia ser visto em igualdade com Deus e também ser semelhante a Ele?
Quando Jesus estava na terra ele garantiu que ele e o Pai são um, mas no céu ele nem pode ser visto em igualdade com Deus e nem ser semelhante a Ele por que? O salmista não sabia que havia um filho de Deus preexistente? Ele ainda acrescenta: “Quem é como o SENHOR, nosso Deus, que habita nas alturas” (Salmos 113:15).
O filho preexistente não é como o Pai e estava nas alturas com ele? Por qual motivo não foi mencionado?
“Também a tua justiça, ó Deus, está muito alta, pois fizeste grandes coisas; ó Deus, quem é semelhante a ti?” (Salmo 71:19).
Ninguém semelhante ao Pai? O Deus filho, talvez? E o Deus Espírito Santo?
Se Davi aprendeu pelas Escrituras que havia um filho de Deus preexistente que foi criador do universo juntamente com o Pai em “façamos o homem”, e que ele foi um dos três anjos que visitou Abraão, e que ele também estava no céu, então essa segunda pessoa da Trindade tinha que ser muito bem conhecida do salmista. Porém, parece que ele o ignorou:
“A quem tenho eu no céu senão a ti (Deus)? E na terra não há quem eu deseje além de ti” (Salmo 73:25).
A verdade é que não havia filho preexistente. O único filho que Deus tinha, e PRIMOGÊNITO, era Israel: “… Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito” (Êxodo 4:22).
Quero lhe dizer que não sou ignorante sobre as tantas passagens que parecem reivindicar uma pré-existência de Jesus no céu. Mas te garanto, nenhuma delas dá suporte à teoria se forem devidamente interpretadas. E para aqueles que acreditam que estou sozinho nessa empreitada, sugiro que prestem atenção nas palavras do famoso expositor Metodista Adam Clark:
“A doutrina da filiação eterna de Cristo, é em minha opinião, ante-escritural e altamente perigosa. Eu não tenho sido capaz de encontrar qualquer declaração expressa disto nas Escrituras”. (Comentário de Lucas 1: 35).
A cristologia ortodoxa baseia sua visão nas decisões dos concílios do que propriamente na palavra de Deus. A Igreja Evangélica, que se diz “contrária” ao posicionamento da igreja Católica Romana, também tem baseado seus ensinamentos sobre a divindade e humanidade de Jesus, segundo o que declara estes concílios. A velha tradição determinou a qualquer custo a igualdade de Jesus com Deus em essência, isso pelo fato dessa tradição ortodoxa extrema não permitir a Jesus uma personalidade humana PLENA, o que patenteou aquilo que mais ouvimos nos últimos 15 séculos: Jesus foi “homem” sem ser de fato “um homem” – Divino e Humano ao mesmo tempo. Essa doutrina foi desenvolvida justamente para preservar o conceito de que ele tinha preexistido como Segundo Membro da Trindade.
Outro problema enorme, e que muitos não consideram, é que essa conclusão de que Jesus era um ser preexistente afeta de maneira drástica toda a teologia que gira em torno do sacrifício substitutivo causando também um conflito direto com outras reivindicações bíblicas que Jesus era um HOMEM REAL.
Se iniciarmos uma leitura honesta de todos os textos, vamos descobrir formas bastantes diferentes comparados à interpretação convencional, o que pode causar espanto em muitos daqueles que começam a partir de uma posição de “preconcebida preexistência”. O importante em considerar aqui é que, se Jesus é um homem de verdade, então Ele começou sua vida em Seu nascimento, assim como todo o resto de nós.
Observe a contribuição valiosa de Moisés para nosso contexto em discussão. Moisés, legislador e líder de Israel, que tipificava a vinda de outro Legislador (Jesus Cristo) disse à nação judaica:
“O Senhor teu Deus suscitará a ti um profeta do meio de ti, de TEUS IRMÃOS, semelhante a mim, a ele ouvireis” (Deuteronômio 18:5).
No Novo Testamento Pedro citou essas mesmas palavras e aplicou-as a Jesus Cristo (Atos 3:22, 7:37), e Paulo ensinou: “Por isso convinha que ele fosse feito semelhante a seus irmãos…” (Hebreus 2:17).
Podem as palavras de Moisés acima se aplicarem a um anjo ou a um ser preexistente? Poderia tal pessoa ser verdadeiramente descrita como “levantou do meio de ti“, “de teus irmãos, como Moisés?”
Não há nessas referências uma pitada sequer de algo que nos dirija o pensamento para a crença de que Jesus foi formado de um estoque angelical, ou mesmo que era um ser preexistente. Mas, em vez disso aprendemos que ele foi alguém que teve origem entre os humanos. Deus disse a Moisés claramente, “… suscitarei um profeta do meio de seus irmãos!”
O Filho de Deus não existia antes desse tempo, Heb 1:1 – HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.
Jesus era o filho de Davi, e a Davi foi dito: “Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho…”. (2 Sam. 7:12-14).
Observe que o texto afirma categoricamente que Jesus veio da descendência de Davi, negando enfaticamente ter sido ele um ser preexistente. Veja na expressão “o qual sairá das tuas entranhas” que a real origem do Messias é deste mundo.
A profecia relaciona-se com Cristo, como o comentário do Novo Testamento sobre ele deixa claro (ver Lucas 1:32-33, Hebreus 1:5), e com isso claramente estabelecido, observe bem o tempo futuro usado em relação a ele. Deus diz: “Eu serei seu pai,” ele “SERÁ meu filho“. Se Jesus já existia, não deveria Deus ter dito: “Eu sou seu pai”, “ele é meu filho?”
Lembre-se que o Anjo disse a Maria: “Ele deve ser (não é!) Grande, e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e reinará eternamente sobre a casa de Jacó para sempre, e seu reino não terá fim” (Lucas 1:32-33).
Estas palavras do anjo Gabriel afirmam que Jesus “será chamado Filho do Altíssimo”, e ele reinará no trono de “Davi, seu pai.” Podem estas expressões se aplicar a alguém preexistente?
Considere também a pregação dos Apóstolos. Será que eles proclamaram a crença em um ser preexistente que havia assumido a forma humana? Eles não fizeram. Ouça a pregação de Pedro:
“Davi… sendo um profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento a ele, que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para se sentar no seu trono” (Atos 2:30).
A quem Davi acredita que sentaria no seu trono, um anjo ou um ser que já existia? Não, ele acreditava que aquele que reinaria seria “fruto de seus lombos”, isto é, um descendente. O menino que nasceu de Maria era descendente de Davi, não um ser preexistente assumindo a forma humana. Se ainda há dúvidas sobre isso, tome novamente como exemplo o versículo de abertura do Novo Testamento, que diz: “A genealogia de Jesus Cristo, o filho de Davi, filho de Abraão“. Como Jesus poderia ter sido contado dentro de uma genealogia, ser chamado de filho de Davi e Filho de Abraão se ele era preexistente?
Abraão foi ensinado: “Na tua descendência [semente] serão benditas todas as nações” (Gênesis 22:18). Paulo comentou: “E essa semente é Cristo” (Gálatas 3:16)
Dentro deste contexto a palavra citada por Isaías pode ser muito útil. Isaías declarou: “Uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Is 7:14). Emanuel significa Deus conosco. Jesus apenas foi considerado Deus conosco a partir do seu nascimento, e não antes disso. Essa profecia foi cumprida em seu ministério (Mateus 1:23), a quem Pedro descreveu como “um homem aprovado por Deus… com milagres e maravilhas que Deus fez por ele” (Atos 2:22).
Como visto até aqui, percebe-se claramente que quando todas as informações nas Escrituras são pesquisadas e rastreadas com profundidade e honestidade podem nos levar a conclusão de que o Messias viria a este mundo de uma geração futura. O Filho de Deus é prometido e não preexistente. Portanto, essa ideia de que se O Filho estava vivo antes que esteja vivo como pessoa humana, enfraquece a obra de redenção do Senhor Jesus fazendo dele um andróide preparado dentro do ventre de um ser divino, o que nos leva a uma conclusão impossível de conciliar quando vemos Jesus de Nazaré como o substituto dos pecadores, o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
Questões relevantes
Nesse ponto é normal que algumas dúvidas apareçam na mente de muitos gerando diversos questionamentos, pois afinal de contas a Bíblia “registra de forma explícita” que Jesus preexistia desde tempos eternos. Porém, outras perguntas devem ser feitas,
1) Estas referências falam de uma “preexistência” literal ou figurada? Por preexistência figurada (também chamado de ideal preexistência), queremos dizer que Deus previu e prometeu a vinda do Messias e que o Messias estava sempre na mente de Deus.
2) Os textos que deveriam ensinar a literal preexistência foram corretamente traduzidos e corretamente analisados?
Por exemplo, temos aqui um versículo que poderia servir de luz para nos dar uma visão do que querem dizer todos os outros contextos que parecem aludir a preexistência do Messias,
Apo 13:8 – E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
É óbvio que todos sabem que Jesus foi crucificado no tempo de Poncio Pilatos, aproximadamente em 33 dC. Então, o que o versículo quer dizer? Significa simplesmente que o plano de redenção estava nos propósitos de Deus desde antes da fundação do mundo, não sendo assim uma atitude tomada de emergência, como se fosse um remendo. E, principalmente, não devemos esquecer que “… Deus chama as coisas que não são como se fossem” (Rom. 4:17).
Em suma, Deus revelou-se em um homem, um ser humano, que se tornou o padrão para todos aqueles que se aproximam dele na esperança da vida eterna. Deus não espera que estes venham atingir a perfeição vista no Filho, mas Ele exige deles que eles construam em suas vidas características divinas espirituais atestadas pelas Escrituras em exigência através da fé. Ao fazer isso, eles desenvolvem um personagem digno de perpetuação em um corpo de glória incorruptível na era por vir (1 Coríntios 15:53-57). A teoria que apresenta Jesus como um ser, ou anjo preexistente, destrói esse padrão, mistifica e distorce a bela doutrina de Deus manifestado no homem Cristo Jesus.
Se nos filiamos à tese impossível que Jesus, de alguma forma, pessoalmente, já existia antes de seu nascimento humano, podemos nos envolver numa grande confusão. Torna-se praticamente impossível considerar Jesus como realmente um homem. E mesmo que o engano não seja percebido, cedo ou tarde causará um enorme prejuízo à fé de milhões de cristãos. Se, ao contrário, começamos com a premissa bíblica de que Jesus é realmente um homem, assim como todos os outros homens (com a única exceção de seu nascimento virginal e sua vida sem pecado), não há mais nenhum “mistério”.
Entretanto, como essa pequena introdução não é suficiente para convencer àqueles que foram alimentados pela massa doutrinária tradicional cristológica, abarrotada de fermento Católico Romano preparado na mesa do Concílio de Niceia, o qual contaminou o pão que deveria vir até nós puro, achei necessário ser mais amplo nas explicações das passagens que insinuam ter sido Jesus um ser preexistente antes do seu nascimento em Belém da Judeia. Assim, o leitor poderá ter acesso a outros tópicos tratando do assunto de forma mais ampla.
Este trabalho está a seu inteiro dispor para qualquer avaliação. Tente fazer a leitura de todo o site, principalmente a seção sobre a preexistência de Cristo antes de qualquer avaliação precipitada. Garanto-lhe que o contexto que você tem diante dos seus olhos pode revolucionar sua maneira de pensar. Não seja impaciente e nem se sinta pressionado por passagens bíblicas que parecem lhe dizer o contrário. E, considerando que não tenho a última palavra sobre o assunto, então, qualquer que seja seu parecer, tenha certeza que será bem vindo. E lembre-se: uma correta compreensão da relação entre o Pai e o Filho é essencial para a salvação (João 17:3).
se esta sob a lei filho de mulher igualmente aos demais filhos de maria tem que ser na forma natural fruto do amor entre marido e mulher
Boa noite.
Um tempo atrás eu perguntei sobre a explicação de João 1 e o Irmão havia informado que estava trabalhando no prólogo de João. Já concluiu? Caso positivo, peço por gentileza enviar por e-mail. Obrigado
O artigo já está disponível no site, Diego.
Grato pela visita
Caro Al Franco, bom dia!!!
Não me resta dúvida nenhuma de que Jesus era totalmente homem, exatamente como os demais (de carne e osso): “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lucas 24:39).
Contudo, não me resta dúvida também que há indicações claras de que, antes do verbo se fazer carne (a promessa de Yahweh cumprir-se), Ele existia, não como Filho, mas como a eterna Palavra de Deus (esclareço mais à frente).
na minha concepção, uma coisa (a existência de Jesus) não tem nada a ver com a outra (a eterna Palavra de Deus), embora, no fundo, tenham total relação, pois ambas são a mesmíssima e única pessoa (segundo as Escrituras Sagradas): a pessoa de Yahweh.
Sei que tens outra visão acerca da passagem que diz que Jesus estava no mundo e o mundo havia sido feito por Ele: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu” (João 1:10). Algo que é repetido no livro de Hebreus: “pelo qual [Jesus Cristo] também [Deus Pai] fez o universo” (ARA) (Hebreus 1:2).
Contudo, não se pode ignorar o que Paulo diz acerca da existência de Jesus (não só como promessa) no VT: “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, E todos comeram de uma mesma comida espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e A PEDRA ERA CRISTO” (1 Coríntios 10:1-4).
Isso não quer dizer, em absoluto, que Jesus era uma pessoa pré-existente, pois a Bíblia mostra que Ele passou a existir depois de milênios da saída dos israelitas do Egito, mas Paulo está se referindo à Palavra de Deus (por quem Yahweh criou todas as coisas, dizendo “Haja”).
Mediante as afirmações de Paulo, é perfeitamente possível entender que a Palavra de Yahweh recebeu o nome Jesus quando esvaziou-se da Sua glória, se fez carne e habitou entre os humanos. Atenção: isso não tem nada a ver com Trindade, mas trata-se de uma leitura natural dos textos, até porque, no meu caso, creio de todo o coração que a Trindade é a coisa mais herética que alguém poderia inventar, juntamente com a doutrina da imortalidade da alma.
Com relação à ROCHA de que Paulo falava, há muitos textos que mostram quem é que andava junto com os israelitas na peregrinação, não apenas como uma promessa:
“O SENHOR é a Minha Rocha, a Minha cidadela, o Meu libertador” (2 Samuel 22:2, ARA).
“Pois quem é Deus além do SENHOR? E quem é Rocha senão o Nosso Deus? (2 Samuel 22:32, NVI).
“Vive o SENHOR, e bendita seja a Minha Rocha! Exaltado seja o Meu Deus, a Rocha da Minha salvação! (2 Samuel 22:47, ARA).
“Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou…” (2 Samuel 23:3).
“O SENHOR é a Minha Rocha, a Minha cidadela, o Meu libertador…” (Salmos 18:2, ARA).
“Pois quem é Deus além do SENHOR? E quem é Rocha senão o nosso Deus? (Salmos 18:31, NVI).
“Vive o SENHOR, e bendita seja a Minha Rocha!…” (Salmos 18:46, ARA).
“A ti clamarei, ó SENHOR, Rocha Minha…” (Salmos 28:1).
“Sê A Minha Firme Rocha, uma casa fortíssima que me salve” (Salmos 31:2).
“Porque Tu és a Minha Rocha e a Minha fortaleza…” (Salmos 31:3).
“Direi a Deus, a Minha Rocha…” (Salmos 42:9).
“Leva-me para a Rocha que é mais alta do que eu” (Salmos 61:2).
“Só Ele é a Minha Rocha e a Minha salvação…” (Salmos 62:2).
“Só Ele é a Minha Rocha e a Minha salvação…” (Salmos 62:6).
“Em Deus está a Minha salvação e a Minha glória; a Rocha da Minha fortaleza…” (Salmos 62:7).
“Tu és a Minha Rocha e a Minha fortaleza” (Salmos 71:3).
“E lembravam-se de que Deus era a Sua Rocha, e o Deus Altíssimo, o Seu Redentor” (Salmos 78:35).
“Tu és Meu Pai, Meu Deus, e a Rocha da Minha salvação” (Salmos 89:26).
“Para anunciarem que o SENHOR é reto; Ele é a Minha Rocha…” (Salmos 92:15).
“Mas o SENHOR foi o Meu alto retiro; e o Meu Deus, a Rocha em que me refugiei” (Salmos 94:22).
“Cantemos com júbilo à Rocha da Nossa salvação!” (Salmos 95:1).
“Bendito seja o SENHOR, Minha Rocha…” (Salmos 144:1).
“Há outro Deus além de Mim? Não! Não há outra Rocha que Eu conheça” (Isaías 44:8).
“Não és Tu desde sempre, ó SENHOR, Meu Deus, Meu Santo?…ó Rocha, o fundaste para castigar” (Habacuque 1:12).
Por isso, quando Paulo escreveu que “a ROCHA era Cristo” (NVI), ele não parece ter tirado a palavra ROCHA do nada.
Pelo visto, ele sabia que Moisés, Davi, Isaías e Habacuque se referiam à pessoa de Yahweh como a ROCHA deles (ou de Israel).
Paulo estava intimamente familiarizado com as Escrituras Hebraicas e suas repetidas referências ao termo ROCHA como uma clara referência ao Deus de Israel, deixando isso claro quando afirma quem era a Rocha que interagia diretamente com os israelitas: “essa ROCHA era Cristo” (NVI).
Caro Marcelo, eu não liberei seu último comentário.
Poderia refazer sem o link, por favor?
Adiciona o título do artigo e o site
Paz